quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

27 de Janeiro de 2013



Hoje foi um daqueles dias ainda mais difíceis.
Ao reencontrarmos a M. na manhã de Domingo, fomos informadas de que minha avó se recusou a dormir na noite anterior, o que fez com que a M. somente conseguisse convencê-la a se deitar às 3h da madrugada. Nota: minha avó toma uma dose cavalar de calmantes à noite e seu horário de ir para a cama normalmente varia entre 20h30min e 21h. O erro dessa noite foi que não a colocamos na cama antes da M. chegar, o que causou uma confusão em sua mente ao vê-la na sua casa, à noite. O resultado disso foi que minha avó acordou às 10h na manhã de Domingo sentindo muito sono e com o humor alterado. Aceitou tomar seus medicamentos da manhã, almoçou comigo e com meus pais e quis dormir novamente após o almoço. Acordou aproximadamente às 15h, tomou café e comeu pão, assim como faz todos os dias. Porém, aproximadamente às 16h, iniciou-se, como de costume, sua crise de confusão mental, pedindo para que a levássemos de volta para sua casa. Conseguimos distraí-la por algum tempo,  mas, logo após tomar banho, aproximadamente às 16h30min, ela voltou a pedir que a levássemos para casa. Como uma chuva forte caía lá fora, ficamos impossibilitados de levá-la para a rua e trazê-la caminhando de volta para sua própria casa - o que geralmente surte efeito e é suficiente para convencê-la de que está em casa! - fato que acabou acarretando um mega surto de raiva e agressividade para cima da minha mãe. Nota: nessa tarde insistimos demasiadamente em convencê-la de que aquela era SIM a sua casa, o que não mostrou resultado, pelo contrário, apenas serviu para deixá-la ainda mais nervosa. Normalmente durante esses surtos de raiva ela xinga minha mãe de todos os palavrões cabíveis e até mesmo a agride fisicamente, o que sua mente depois acaba invertendo, fazendo com que ela diga para todos que minha mãe a agrediu! Os surtos de raiva são sempre seguidos de surtos depressivos, como muito choro e lamentação.
Continuando o relato do dia: quando a chuva finalmente deu uma trégua, eu e minha mãe a ajudamos a dar a volta na casa e a entrar novamente pela porta da frente, o que foi suficiente para convencê-la de que havia chegado em sua casa! Porém o surto de agressividade continuou e ela se sentou no sofá, emburrada, fechou os olhos e se recusou a conversar com a minha mãe e com meu pai. Recusou-se também a se sentar na mesa para jantar e apenas aceitou comer um pouco de macarrão na sala porque eu insisti. Nota: ela geralmente aceita fazer o que eu peço e nunca se irrita e/ou tenta me agredir. Logo depois a convenci a tomar seus remédios da noite (os calmantes) e ela aceitou, mas se recusou a ir ao banheiro escovar os dentes e continuou sentada no sofá, emburrada. Às 21h20min consegui convencê-la a se levantar do sofá e deitar na cama. O acesso de choro somado com os medicamentos fizeram com que ela ficasse bastante dopada, o que dificultou um pouco seu trajeto da sala para o quarto. Consegui fazê-la se deitar, arrumei-a na cama com a ajuda da minha mãe e ela dormiu. Minha mãe dormiu em sua companhia e ela apagou a noite inteira.

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